UM DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA EM BUSCA DO AUTO AMOR 
ATIVIDADE NOTURNA DO ESPÍRITO (SONHOS)
ATIVIDADE NOTURNA DO ESPÍRITO (SONHOS)

https:// www.paginalucrativa.com.br/?id=10328

ATIVIDADE NOTURNA DO ESPÍRITO

(SONHOS)

Sono

O sono é o repouso do corpo, mas o Espírito não necessita desse repouso. Enquanto os sentidos se entorpecem, a alma se liberta parcialmente da matéria, gozando das suas faculdades espirituais. O sono foi dado ao homem para a reparação de suas forças orgânicas e das suas forças morais, enquanto o corpo recupera as energias gastas no estado de vigília, o espírito vai se retemperar entre os outros Espíritos.

 

É então que ele tira, de tudo o que vê, de tudo que percebe, e dos conselhos que lhe são dados, as idéias que lhe ocorrem depois, em forma de intuições. É o retorno temporário do exilado à sua verdadeira pátria, a liberdade momentaneamente concedida ao prisioneiro. Mas acontece, como no caso dos prisioneiros perversos, que o Espírito nem sempre aproveita esse momento de liberdade para o seu adiantamento.

 

Sono é um estado em que cessam as atividades físicas motoras e sensoriais. Dormimos um terço de nossas vidas e o sono, além das propriedades restauradoras da organização física, concede-nos possibilidades de enriquecimento espiritual através das experiências vivenciadas enquanto dormimos.

 

Sonho é a lembrança dos fatos, dos acontecimentos ocorridos durante o sono. Os sonhos, em sua generalidade, não representam, como muitos pensam, uma fantasia das nossas almas.

 

A ciência e o espiritismo

A ciência oficial, analisando tão somente os aspectos fisiológicos das atividades oníricas (relativo aos sonhos) ainda não conseguiu conceituar com clareza e objetividade o sono e o sonho.

 

Sem considerar a emancipação da alma; sem conhecer as propriedades e funções do perispírito, fica, realmente, difícil explicar a variedade das manifestações que ocorrem durante o repouso do corpo físico. Freud, o precursor dos estudos mais avançados nesta área, julgava que os instintos, quando reprimidos, tendem a se manifestar e uma destas manifestações seria através dos sonhos.

 

Allan Kardec, através da codificação espírita, principalmente em O Livro dos Espíritos, cap. VIII - questões 400 a 455, analisou a emancipação da alma e os sonhos em seus aspectos fisiológicos e espirituais.

 

Allan Kardec tece comentários muito importantes acerca dos sonhos: o sono liberta parcialmente a alma do corpo; o espírito jamais está inativo, têm a lembrança do passado e, às vezes, a previsão do futuro; adquire maior liberdade de ação delimitada pelo grau de exteriorização; podemos entrar em contato com outros espíritos encarnados ou desencarnados; enquanto dormem, algumas pessoas procuram espíritos que lhes são superiores (estudam, trabalham, recebem orientações, pedem conselhos); outras pessoas procuram os espíritos inferiores com os quais irão aos lugares com que se afinizam.

 

Sonhos comuns

São aqueles que refletem nossas vivências diárias. Envolvimento e dominação de imagens e pensamentos que perturbam nosso mundo psíquico.

 

O espírito, desligando-se parcialmente do corpo, se vê envolvido pela onda de imagens e pensamentos, de sua própria mente, das que lhe são afins e do mundo exterior, uma vez que vivemos e nos movimentamos num turbilhão de energias e ondas vibrando sem cessar.

 

Nos sonhos comuns, quase não há exteriorização perispiritual. São muito freqüentes dada a nossa condição espiritual. Puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. É também o reflexo de impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília (vivências ocorridas durante o dia, quando acordados).

 

Nos sonhos comuns, o espírito flutua na atmosfera sem se afastar muito do corpo; mergulha, por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens que povoam a sua memória, trazendo impressões confusas, tem estranhas visões e inexplicáveis sonhos.

 

Sonhos reflexivos

Há maior exteriorização que nos sonhos comuns.

 

Por reflexivos, categorizamos os sonhos, em que a alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e imagens arquivadas no subconsciente, inconsciente e superconsciente e plasmadas na organização perispiritual. Tal registro é possível de ser feito em virtude da modificação vibratória, que põe o espírito em relação com fatos e paisagens remotos, desta e de outras existências.

 

Ocorrências de séculos e milênios gravam-se indelevelmente em nossa memória, estratificando-se em camadas superpostas.

 

A modificação vibratória, determinada pela liberdade de que passa a gozar o espírito, no sono, o faz entrar em relação com acontecimentos e cenas de eras distantes, vindos à tona em forma de sonho.

 

Mentores espirituais poderão revivenciar acontecimentos de outras vidas, cujas lembranças nos tragam esclarecimentos, lições ou advertências.

 

Poderão os espíritos inferiores motivarem estas recordações com a finalidade de nos perseguirem, amedrontar, desanimar ou humilhar, desviando-nos dos objetivos benéficos da existência atual.

 

Geralmente os sonhos reflexivos são imprecisos, desconexos, freqüentemente interrompidos por cenas e paisagens inteiramente estranhas, sem o mais elementar sentido de ordem e seqüência.

 

Ao despertarmos, guardaremos imprecisa recordação de tudo, especialmente da ausência de conexão nos acontecimentos que, em forma de incompreensível sonho, estiverem em nossa vida mental durante o sono.

 

Sonhos espíritas

Também chamados de viagem astral ou espiritual; há mais ampla exteriorização do perispírito.

 

Leon Denis chama a estes sonhos de etéreos ou profundos, por suas características de mais acentuada emancipação da alma.

 

Durante a viagem astral, a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e efetiva, encontrando-se com parentes, amigos, instrutores e também com os inimigos desta e de outras existências. Nas projeções temos que considerar a lei de afinidade.

 

Nossa condição espiritual, nosso grau evolutivo, irá determinar a qualidade de nossos sonhos, as companhias espirituais que iremos procurar, os ambientes nos quais permaneceremos enquanto o nosso corpo repousa: o religioso buscará um templo; o viciado procurará os antros de perdição; o abnegado do Bem irá ao encontro do sofrimento e da lágrima, para assisti-los fraternalmente; o interessado em aproveitar bem a encarnação irá de encontro a instrutores devotados e ouvirá deles conselhos, esclarecimentos e instruções, que proporcionarão conforto, estímulos e fortalecimento das esperanças.

 

Infelizmente, porém, a maioria se vale de repouso noturno para sair à caça de emoções frívolas ou menos dignas.

Ao despertarmos, conserva o espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em virtude de sua impotência vibratória. Fica em nós apenas uma espécie vaga de pressentimento dos acontecimentos, situações e encontros vividos durante o sono.

 

Recordação do sonho

O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono, mas nem sempre nos lembramos daquilo que vimos ou de tudo o que vimos. Isto porque não temos nossa alma em todo o seu desenvolvimento.

 

Na questão 403, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga : “Por que não nos lembramos de todos os sonhos? Nisso que chamas sono só tens o repouso do corpo, porque o Espírito está sempre em movimento. No sono ele recobra um pouco de sua liberdade e se comunica com os que lhe são caros seja neste ou noutro mundo. Mas, como o corpo é de matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões recebidas pelo Espírito durante o sono, mesmo porque o Espírito não as percebeu pelos órgãos do corpo.”

 

Mecanismo da recordação

O registro pelo cérebro físico do que aconteceu durante a emancipação da alma através do sono é possível através da modificação vibratória. As diversas modificações vibratórias dos fluidos é que formam os ambientes dimensionais de atuação do espírito. Quanto maior for a velocidade vibratória, mais sutil é o fluido. Quanto mais lenta é a velocidade vibratória, mais denso é o fluido.

 

Este raciocínio explica aquela dúvida que sempre ouvimos: Porque raramente lembro de meus sonhos? É por que não sonhei? A resposta para está dúvida é a seguinte: As pessoas que não lembram dos sonhos é porque os acontecimentos vividos ou lembrados durante o sono não foram registrados no cérebro físico. Ficaram apenas registrado no cérebro do perispírito. Agora, quando recordamos dos detalhes dos sonhos é porque tivemos predisposição cerebral para os registros. O fato de não lembrarmos dos sonhos não significa que não tenhamos sonhado, ou seja, vivemos uma vida no plano espiritual e apenas não recordamos.

 

Dessa oportunidade se valem nossos amigos do espaço para dar-nos conselhos e sugestões úteis ao desenvolvimento de nossa encarnação.

 

Procuram afastar-nos do mal, fortalecem-nos moralmente e apontam-nos a maneira certa de respeitarmos as Leis Divinas. Ao despertarmos, embora não lembremos deles, ficam no fundo de nossa consciência, em forma de intuições, como idéias inatas.

 

Podemos dedicar os momentos de semi-libertos à execução de tarefas espirituais, sob a direção de elevados mentores.

 

Acontece muitas vezes acordamos com uma deliciosa sensação de bem-estar, de contentamento e de alegria. Isto acontece por termos sabido usar bem de nossa estada no mundo espiritual, executando trabalhos de real valor. Contudo, não raras vezes despertamos tristes e com uma espécie de ressentimento no fundo do nosso coração.

 

O motivo dessa tristeza sem causa aparente é que, muitas vezes, nos são mostradas as provas e as expiações que nos caberão na vida, as quais teremos de suportar, e conquanto sejamos confortados por nossos benfeitores, não deixamos de nos entristecer e ficamos um tanto apreensivos.

 

Há espíritos encarnados que, ao penetrarem no mundo espiritual através do sono, entregam-se aos estudos de sua predileção e por isso têm sempre idéias novas no campo de suas atividades terrenas.

 

Outros valem-se da facilidade de locomoção para realizarem viagens de observação, não só na Terra, mas também nas esferas espirituais que lhe são vizinhas.

 

Assim como visitamos nossos amigos encarnados, também podemos ir visitar nossos amigos desencarnados e com eles passarmos momentos agradáveis enquanto nosso corpo físico repousa; disso nos resulta grande conforto.

 

Estado de Entorpecimento: São comuns os encarnados cujos espíritos não se afastam do lado do corpo, enquanto este repousa; ficam junto ao leito, como que adormecidos também.

 

É comum o sono favorecer o encontro de inimigos para explicações recíprocas. Esses inimigos podem ser da encarnação atual ou encarnações antigas. Os mentores espirituais procuram aproximar os inimigos, a fim de induzi-los ao perdão mútuo. Extingüem-se assim muitos ódios e grande número de inimigos se tornam amigos, o que lhes evitará sofrimentos. É a maior e melhor percepção de que goza o espírito semi-liberto pelo sono, facilita a extinção de ódios e a correção de situações desagradáveis e por dolorosas vezes.

 

Análise dos sonhos

A análise dos sonhos pode nos trazer informações valiosas para nosso auto conhecimento.Devemos nos precaver contra as interpretações pelas imagens e lembranças esparsas.

 

Há sempre um forte conteúdo simbólico em nossas percepções psíquicas que, normalmente nos chegam acompanhadas de emoções e sentimentos.

 

Se, ao despertarmos, nos sentirmos envolvidos por emoções boas, agradáveis, vivenciamos uma experiência positiva durante o sono físico. Ao contrário, se as emoções são negativas, nos vinculamos certamente a situações e espíritos desequilibrados. Daí, a necessidade de adequarmos nossas vidas aos preceitos do bem, vivenciando o amor, o perdão, a abnegação, habituando-nos à prece e à meditação antes de dormir, para nos ligarmos a valores bons e sintonia superior. Assim, teremos um sono reparador e sonhos construtivos.

 

Prepara-se para bem dormir

 

Elizeu Rigonatti, no livro Espiritismo Aplicado diz que, para termos um bom sono, que ajude o nosso espírito a desprender-se com facilidade do corpo, é preciso que prestemos atenção no seguinte: o mal e os vícios seguram o espírito preso à Terra.

 

Quem se entregar ao mal e aos vícios durante o dia, embora o seu corpo durma à noite, seu espírito não terá forças para subir e ficará perambulando por aqui, correndo o risco de ser arrastado por outros espíritos viciosos e perversos.

 

A excessiva preocupação com os negócios materiais também dificulta o espírito a desprender-se da Terra.

 

A prática do bem e da virtude nos levarão, através do sono, às colônias espirituais onde fruiremos a companhia de mentores espirituais elevados; receberemos bom ânimo para a luta diária; ouviremos lições enobrecedoras e poderemos nos dedicar a ótimos trabalhos.

 

Oremos ao deitar, mas compreendamos que é de grande valia a maneira pela qual passamos o dia; cultivemos bons pensamentos, falemos boas palavras e pratiquemos bons atos, evitando a ira, rancor e ódio. E de manhã, ao retornarmos ao nosso veículo físico, elevemos ao Senhor nossa prece de agradecimento pela noite que nos concedeu de repouso ao nosso corpo e de liberdade ao nosso espírito.

 

Algumas considerações

 

No estado de vigília (quando estamos acordados) as percepções se fazem com o concurso dos órgãos físicos; os estímulos exteriores são selecionados pelos sentidos e transmitidos ao cérebro pelas vias nervosas. No cérebro físico, são gravados para serem reproduzidos pela memória biológica a cada evocação.

 

Quando dormimos cessam as atividades físicas (exceto as autônomas), motoras e sensoriais. O espírito liberto age e sua memória perispiritual registra os fatos sem que estes cheguem ao cérebro físico; tudo é percebido diretamente pelo espírito. Por “adaptação vibratória”, as percepções da alma poderão repercutir no cérebro físico; quando lembramos, dizemos que sonhamos, mas na verdade sonhamos todo dia.

Prece

ESE 39 cap XXVIII– Minha alma vai encontrar-se por um instante com os outros Espíritos. Que venham os bons ajudar-me com os seus conselhos. Meu Anjo Guardião, fazei que ao acordar eu possa conservar uma impressão durável e benéfica desse encontro!

 

Referência Bibliográfica:

Evangelho Segundo Espiritismo – Allan Kardec

A Gênese – Allan Kardec

Mecanismo da Mediunidade – Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira

Evolução para o terceiro Milênio – Carlo Toledo Rizzini

No Limiar do Infinito – Divaldo P.Franco

Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Translate to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese

Rating: 2.1/5 (154 votos)



ONLINE
2




Partilhe esta Página

 

Cursos 24 Horas

Cursos Online

Cursos Online