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LEI DE CAUSA E EFEITO
LEI DE CAUSA E EFEITO

LEI DE CAUSA E EFEITO

 

    Para estudarmos a Lei de causa e efeito (Ação – Reação), precisaremos voltar no estudo sobre Determinismo e Livre Arbítrio. Observamos que a liberdade de escolha existe na fase inicial dos nossos atos, isto é, na fase de causa; feita a escolha e posta a ação, entramos no domínio dos efeitos e, aí, vigora o determinismo.

    Vê-se que a liberdade é interior e expande-se de dentro para fora, e que o bem e o mal estão dentro de nós; o mal torna-se inimigo oculto dentro de cada homem e do qual não é possível fugir em um momento dado (só mediante esforço prolongado).

    As forças que movimentamos no passado, com as nossas ações, tendem a continuar na mesma direção impelindo-nos para onde, hoje, não queremos ir, mas quisemos ontem.

    Nossas obras acompanham-nos; o passado revive no presente. Conforme exprime-se André Luiz, o espírito é constrangido a viver no centro de suas criações. Em conclusão: há um encadeamento casual lógico e a longo prazo – o presente derivou do passado e o futuro promanará do presente.

    A nossa vida atual não foi improvisada; o acaso é ingenuidade. Nada surge do nada. Tudo na obra Divina está inter relacionado pelo princípio de casualidade ou de causa e efeito, que afirma a relação da causa com o efeito; originam-se as coisas por derivação causal.E como vemos, o conceito é próximo e ligado ao determinismo, sendo difícil separa-los, mas não igual.

    No mundo físico, semelhante doutrina foi formulada sob o nome de 3ª lei de Newton, na Mecânica, que declara: toda força impulsionada numa dada direção origina outra força, de igual intensidade mas de sentido contrário. Costuma ser designada como Lei de Ação e Reação e governa também relações espirituais.

    Ora, pensamento, vontade e atos são forças que lançamos, as quais devem dar origem a forças em sentido contrário, isto é, ao choque de retorno. Este recaíra sobre aquele que gerou a perturbação no ambiente com sua atuação desatinada; ou virão de volta alegria e paz, se o bem partiu dele. André Luiz (Ação e Reação) enuncia tal princípio assim: “Toda ação ou movimento deriva de causa ou impulso anteriores”.

 

    Jesus faz várias referências à Lei de causa e efeito no código evangélico, acentuando a importância dela para a redenção do espírito humano. Afirma o mestre: “Não julgueis para não serdes julgados” (Mt. 7:1)

        “Todo que comete pecado é escravo do pecado” ( Jô. 8:34)

    Ao pensar e agir o homem liberta forças e fica sujeito ao retorno delas, nesta ou noutra vida; provará o fel e o mel que fez outro beber... Todavia, a aplicação da lei no nível espiritual é relativa porque mesma vontade pode, noutra ocasião, agir em sentido contrário e atenuar o choque mediante a libertação de novas forças, agora positivas. Não temos o poder de extinguir os efeitos da volta sobre nós, mas podemos modifica-los se mudarmos de rumo, se atuarmos noutra direção com esse intuito.

    Sem o conhecimento da reencarnação, teríamos uma noção completamente nula das relações de causa e efeito. É ela que permite encadear as ações de uma vida para a outra, fazendo que sofra o homem o que fez outro sofrer antes.

    Tal é a base da justiça Divina, do equilíbrio e do progresso espiritual. Logo, ação e reação, além de importante lei física, é relevante lei moral – rege as relações inter-humanas e ensina ao Espírito como atuar e progredir.

Regula ainda o livre arbítrio: a liberdade existe antes de agirmos; após o lançamento do ato, ficamos sujeitos às conseqüências.

    “ Deus dispôs, portanto, que, durante certo tempo, lhe fosse possível abusar e errar para aprender, pagando o preço do sofrimento. Assim, as leis da vida superior cedem até certo ponto e , atingindo o limite, começam a empurrar o sujeito de volta para a situação de equilíbrio; desta maneira, a evolução produz um ser consciente do bem e do mal, e não um autômato. É o fator que traz o homem de volta ao regaço Divino, depois que se desviou do rumo traçado pela Lei.

    Vimos que somos produtos de nossos esforços, secundados pelo amparo de cima. Nossas vidas são misturas de alegrias e sofrimentos em proporções muitíssimo variadas. “A cada um segundo as suas obras” proclamou o Cristo. É ainda o mesmo princípio. Quem foi insaciável provará a miséria; quem muito cuidou de si, passará a solidão: quem violou, será violado; se alguém perdeu um braço por nossa causa, perderemos um braço também; se caluniamos, lidaremos com a calúnia.

 

    Mas, a Lei de Deus oferece oportunidade de redenção para todos, corrigindo o destino infeliz e preparando um futuro feliz.

 “Não devemos nos deter nunca no mal, salvo num único caso; quando se trata de corrigi-lo. Fora disto, ele não merece qualquer consideração, ensina André Luiz citando elevados mentores.”

    É preciso que o mal chegue ao coração sob a forma de sentimentos. Se tal não for possível, cuidamos de impedi-lo de subir ao cérebro como pensamento.           Todavia, se tivermos de pensar em algum mal, não permita-mos que ele se exteriorize pela palavra, que outros receberão como sugestão e tratarão de por em prática – tornando-nos responsáveis pelas conseqüências de atos que não queríamos emitir.

    Vamos, em suma concentrar nossos sentimento, pensamentos, palavras e ações na prática do bem, ou seja, em tudo quanto concorde com a Lei de Deus e sirva o próximo com esquecimento de interesses pessoais e do mal porventura recebido! É o que a Lei quer e o evangelho sugere.

As dívidas com a Lei podem ser atenuadas pelo bom procedimento e os resgates reduzidos, de modo que o interessado não fique apenas submetido à cobrança, mas tenha também oportunidade de adquirir méritos pelo trabalho ativo no bem e pelo sofrimento valorosamente suportado.

 

Um débito poderá ser classificado, segundo André Luiz, em:

1-    Estacionário: quando vidas passam sem mudanças de atitude íntima

2-   Resgate interrompido

3-   Aliviado

4-   Dívida Expirante

5-   Dívida Agravada

6-  Resgate Coletivo

“A misericórdia Divina que a transformação moral do pecador e não o seu sacrifício sem o motivo consciente.”

 

Bibliografia: Evolução para o terceiro milênio, Rizzini, Carlos Toledo

 

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