11º AULA – A CONSCIÊNCIA O SENTIDO ÍNTIMO
A alma é uma emanação de uma partícula do absoluto. Nossas vidas tem por objetivo a manifestação cada vez mais grandiosa do que nela há de divino, o aumento do domínio que está destinado a exercer dentro e fora de nós, por meio de seus sentidos e energias latentes.
O melhor processo em utilizar nossas potências internas é o exame íntimo, a introspecção. Acrescentemos o desapego as coisas materiais, a firme vontade de melhora a nossa união com Deus em espírito e verdade, e veremos que toda religião verdadeira, toda filosofia profunda aí vai buscar origem na moral.
As profundezas da alma ligam-na à grande alma universal e eterna, de que ela é uma como vibração. Essa origem e essa participação na Natureza Divina explicam as necessidades irresistíveis do Espírito em evolução adiantada: necessidade de infinito, de justiça, de luz; necessidade de sondar os mistérios, de estancar a sede nos mananciais vivos da existência.
Daí provem nossas altas aspirações, nossos desejos de saber, jamais satisfeito, nosso sentido de belo e do bem, daí os clarões repentinos que iluminam de tempos em tempos as trevas da existência e os pressentimentos, a previsão do futuro, luzes as vezes para certas inteligências.
Sob a superfície do “eu”, superfície agitada pelos desejos, esperanças e temores, está o santuário que encerra a Consciência Integral, calma, pacífica, serena, o princípio da sabedoria e da razão, de que a maior parte dos homens só tem conhecimento por impulsões. Todo o segredo da felicidade, está na identificação, na fusão em nós da consciência integral e o princípio da sabedoria e razão. A causa de todos os nossos males, de todas as nossas misérias morais está na sua oposição.
“EXISTE EM NÓS UM PRINCÍPIO, UMA RAZÃO MAIS PROFUNDA QUE, POR MEIO DA REVELAÇÃO INTERIOR, NOS INICIA NAS VERDADES E LEIS DO MUNDO ESPIRITUAL.”
A consciência é, pois, o centro da personalidade, centro permanente, indestrutível, que persiste e se mantém através de todas as transformações do indivíduo. A consciência é não somente a capacidade de perceber, mas também o sentimento que temos de viver, agir, pensar. Querer. É única e indivisível. Na sua unicidade apresenta vários planos, aspectos: No plano Físico: Confunde-se com o que a ciência chama de Sensorium, ou seja faculdade de concentrar as sensações externas, coordená-las, defini-las, percebe-lhes as causas e determinam os efeitos. Pouco a pouco essas sensações vão apurando e a consciência intelectual acorda. Desabrocharão o sentimento e o juízo e a alma compreendera a si mesma. Nas suas operações mentais terá sempre consciência do que pensa e quer.
Assim como existe um organismo e um “sensorium” físicos, que nos põem em relação com os seres e as coisas do plano material, assim há também um sentido espiritual por meio do qual certos homens penetram desde já no domínio da vida invisível. Assim que depois da morte cair o véu da carne, esse sentido tornar-se-á o centro único de nossas percepções.
Referência Bibliográfica: O problema do ser, do destino e da dor. Léon Denis