15º AULA – EU NÃO MERECIA AULA
“... Por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição? Por que para uns nada da certo, enquanto que para outros tudo parece sorrir?...”
“... As vicissitudes da vida tem, pois uma causa, e , uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis que cada um deve compenetrar-se bem...”
( Cap. V, item 3.)
Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção a nossa maturidade e crescimento interior.
A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprendendo a raciocinar assim, censurando todos e tudo, nunca examinando o nosso prs crescemos aprendendo a raciocinar assim, censurando todos e tudo, nunca examinando o nosso próprio comportamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós.
Aprendemos a justificar com desculpas perfeitas os nossos desastres de comportamento, dizendo que fomos desamparados pelos deuses, que a conjunção dos astros não estava propícia, que a lua era minguante e que nascemos com uma má estrela.
As pessoas que acreditam ser “vítimas da fatalidade” continuam a apontar o mundo exterior como culpado dos seus infortúnios. Recusam absolutamente reconhecer a conexão entre seus modos de pensar e os acontecimentos exteriores.
São influenciadas pelas velhas crenças e dizem prejudicadas pela força dos hábitos, pelas cargas genéticas e pela forma como foram criadas, afirmando que não conseguem ser e fazerem o que querem. Não sabem que são arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o passado determina o presente, o qual por sua vez, determina o futuro.
A vítima sente-se impotente e indefesa em face de um destino cruel. Sem força nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: “ Eu não merecia isto”, “ A vida é injusta comigo”, nunca lhe ocorrendo porém, que o seu jeito de ser é que materializa pessoas e situações em sua volta.
Defendem seus gestos e atitudes infelizes dizendo: “ Meus problemas são causados pelo meu lar”, “ Os outros sempre se comportam desta forma comigo”. Desconhecem que as causas dos problemas somos nós e que, ao renascermos, atraímos esse lar para aprendermos a resolver nossos conflitos. São os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos outros para conosco. Se somos pois, constantemente maltratados é porque estamos constantemente nos maltratando e ou maltratando alguém.
Ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permissão. Outras pessoas ou situações poderão estimular-nos a ter certas reações, mas somente nós mesmos determinaremos quais serão e como serão essas reações. As formas pelas quais reagimos foram moldadas pelas experiências em várias vidas e sedimentadas pela força de nossas crenças interiores – mensagens gravadas em nossa alma.
Portanto, precisamos assumir o comando de nossa vida e sair do posicionamento infantil de criaturas mimadas e frágeis, que reclamam e se colocam como “vítimas do destino”.
Admitir a real possibilidade por nossos atos e atitudes é aceitar a nossa realidade de vida – as metas que alteram a sina de nossa existência.
Em vez de atribuímos aos outros e ao mundo nossas derrotas e fracassos, lembremo-nos de que “ as vicissitudes da vida tem, pois uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa”.
Referência Bibliográfica: Renovando Atitudes / Francisco do Espírito Santo Neto ditado por Hammed