AUTO ESTIMA
Em psicologia, autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg, 2003). Autoestima é a capacidade de sentirmos a vida, estando de bem com ela. Confiança em nosso modo de pensar e enfrentar os problemas, sensação de que somos merecedores de nossas necessidades, desejos e desfrutar os resultados de nossos esforços. A auto estima está ligado com autoconhecimento e amor próprio.
Se um indivíduo sente-se inseguro para enfrentar os problemas da vida, se não tem confiança em suas próprias idéias, veremos nele uma auto-estima baixa. Ou, então, se falta ao indivíduo respeito por si mesmo, se ele se desvaloriza e não se sente merecedor de amor e respeito por parte dos outros, se acha que não tem direito à felicidade, se tem medo de expor suas idéias, vontades e necessidades, novamente veremos uma auto-estima baixa, não importa que outros atributos positivos ele venha a exibir.
Muitas vezes a auto-estima é confundida com egoísmo. Egoísta é aquela pessoa que quer o melhor, e quase sempre no sentido material, somente para si, não importando os outros. Quem possui uma auto-estima elevada, tem como conseqüência amor e estima aos outros. Ela quer o melhor para si, e para os outros também. A auto-estima fortalece, dá energia e motivação.
Quanto maior a nossa auto-estima, mais queremos crescer, não necessariamente no sentido profissional ou financeiro, mas dentro daquilo que esperamos viver durante nossa vida.Como o emocional, criativo e espiritual. Quanto mais baixa nossa auto-estima, menos desejamos fazer e é provável que menos possamos realizar.
Os sentimentos que nos alavancam ou nos derrubam dizem respeito a nós próprios e necessitamos compreende-los para nossa harmonia interior. Que sentimos sobre nós? Qual a relação afetiva que temos conosco? Como temos tratado a nós mesmos? A partir de uma viagem nesse desconhecido mundo íntimo, faremos descobertas fascinantes e primordiais para integração com a Lei Divina e o próximo.
O primeiro ato educativo na construção do valor pessoal é diluir a ilusão de inferioridade. Buscar as raízes do desamor que usamos conosco. Descobrir e trabalhar com o negativismo que usamos no nosso dia a dia. Temos um nobre significado para Deus. Somente nós ainda não descobrimos o valor que possuímos.
Inegavelmente, poucos de nós apresentamos bom aproveitamento nas oportunidades corporais pretéritas, no entanto, o destaque acentuado aos deslizes e quedas nas vidas sucessivas somente agrava o estado íntimo de amargura da alma.
Renascemos com um novo corpo para esquecer e olhar para frente. As indagações que devemos assinalar nessa etapa são: Por que me sinto digno? Quais são minhas reais intenções? Que lições tenho em aprender quando me sinto inferior? Por que determinada atitude ou acontecimento me faz sentir inferior?
Outro aspecto na valorização pessoal a considerar são os julgamentos que aplicam a nós. O que importa é o que faremos diante deles. Como reagiremos? Podemos nos culpar ou adotar o cuidado de refletir sobre o valor que tenham para nós. Quando não cultuamos o autoamor, os julgamentos constituem espessas algemas das mais nobres aspirações. Em qualquer situação o amor é nossa couraça pessoal.
Temos sempre um processo interior para trabalhar, o sentido de inferioridade, julgamentos e aprovação social. Ambos consorciam-se, freqüentemente, contra nossos anseios de crescimento. Somente com a aquisição da autonomia saberemos lidar com tais fatores educativos. Fomos educados para manter o outro pensando como nós, escolhendo por nossas escolhas, opinando conforme os padrões de pensamento que adotamos e agindo de conformidade com nossa avaliação de certo e errado.
Em inúmeras ocasiões é mais cômodo se ajustar a muitos julgamentos que acreditar nos ideais pessoais e nos nossos sentimentos. Um impedimento freqüente na construção da autonomia é o medo da rejeição – uma das mais graves conseqüências da baixa auto estima.Como seremos interpretados? Qual será o conceito que farão de nós a partir do instante em que decidirmos por um caminho afinado com o que sentimos e pensamos?
A necessidade da aprovação alheia é extremamente enraizada na vida emocional. Todas as pessoas e suas respectivas idéias a nosso respeito merecem carinho e consideração, respeito e fraternidade. Porém, conceder a outrem o direito de aprovar ou reprovar...
Sigamos a intuição, aprendendo a ler mensagens sutis da vida interior despachadas pelo sentimento, evitando o desprezo ao que sentimos.Uma vez alfabetizados pelo coração, passaremos a fluir uma vida mais plena, felizes com nossa condição, permitindo-nos evoluir com naturalidade, sem condenações e severidade.
COMO MELHORAR A SUA AUTO-ESTIMA.
1. Transforme os lamentos em decisões. Deixe a atitude passiva de lado e assuma para si a responsabilidade de promover mudanças.
2. Escolha objetivos possíveis, mesmo que você tenha que conquistá-los pouco a pouco. 3. Trabalhe seu auto-conhecimento questionando sobre seus valores e analisando o que é realmente importante para você. Isto vai ajudá-lo a tomar decisões e mudar atitudes.
4. Assuma seus defeitos e se aceite do jeito que você é. Não se trata de ser acomodado, pelo contrário. Tente melhorar o que for possível, mas não exagere buscando perfeição em tudo. Essa busca é infinita, e você pode estar desperdiçando tempo e esforços que poderiam ser dedicados a outras atividades mais produtivas e prazerosas.
5. Encare o fracasso como algo normal. Aproveite-o como uma lição valiosa para encarar os novos desafios, e não como prova de incapacidade.
6. Expresse suas opiniões, desejos. Por outro lado, respeite as opiniões de outras pessoas. Respeitar não significa que você deva concordar necessariamente com elas.
7. Diversifique e amplie suas relações.
ATENÇÃO: 1. Dê um passo de cada vez. Querer resolver tudo de uma vez na maioria das vezes não é uma atitude realista.
2. Não caia na tentação do álcool,drogas para esquecer os problemas e obstáculos. O melhor é enfrentá-los de forma otimista. (Fonte: www.sabido.com.br)
Referência: Escutando Sentimentos / Wanderley S. de Oliveira