EDAA / 16º AULA - DOR E SOFRIMENTO

16º AULA – DOR E SOFRIMENTO

“Bem aventurados os aflitos, pois que é deles o reino dos céus”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo V)

“A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos; não vos aflijais, pois quando sofrerdes, mas bendizei, ao contrário, o Deus todo poderoso que vos marcou pela dor neste mundo para a glória no céu.”( ESE, cap. IX)

Indubitavelmente segundo a doutrina espírita, o homem é a síntese das suas próprias experiências, autor do seu destino, que ele elabora mediante os impositivos do determinismo e do livre arbítrio.

Esse determinismo inevitável apenas em alguns aspectos: nascimento, morte, reencarnação – estabelece as linhas matrizes da existência corporal, propelindo o ser na direção de sua fatalidade última: a perfeição relativa.

Os fatores que programam as condições do renascimento do corpo físico são o resultado dos atos e pensamentos das existências anteriores. Ser feliz quanto antes ou desventurado por largo tempo depende do livre arbítrio pessoal. A opção por como e quando agir libera o Espírito do sofrimento ou prende - o nas suas tenazes.

Sofrimento → Lei da causa e Efeito → Provas e Expiações

A lei humana alcança certas faltas e as pune; o condenado pode, pois, dizer-se que suporta a conseqüência do que fez; mas a lei não alcança e não pode alcançar todas as faltas; ela atinge, mais especialmente, aquelas que prejudicam a sociedade, e não aquelas que não prejudicam senão aqueles que as cometem.

Mas Deus quer o progresso de todas as suas criaturas; por isso, ele não deixa impune pequena que seja, uma só infração à sua lei, que não tenha conseqüências forçadas e inevitáveis mais ou menos tristes; de onde se segue que, nas pequenas, como nas grandes coisas, o homem é sempre punido pelo que pecou.

Os sofrimentos que lhe são a conseqüência é para ele uma advertência de que errou; eles lhe dão a experiência fazendo-o sentir a diferença entre o bem e o mal, e a necessidade de se melhorar para evitar, no futuro, o que lhe foi uma fonte de desgostos; sem isso, não teria nenhum motivo para se emendar, e, confiando na impunidade, retardaria seu adiantamento e, por conseguinte, sua felicidade futura.

O sofrimento é temporário, viver sem sofrimento é a grande meta do homem. Nós vivemos em uma condição imediatista: Nos interessa o hoje, sem nos preocuparmos com o amanhã. De imediato há o prazer que gera sofrimento. E o responsável por esse sofrimento é a ilusão.

Algumas religiões falam que o sofrimento é o Castigo Divino. Para nós espíritas dor não é uma punição, mas sim um mecanismo da vida a serviço da própria vida. É um mecanismo de evolução.

O sofrimento quando não bem trabalhado, causa:

- Diminuição da energia

- Perda de fluido vital / vitalidade

- Doenças

O sofrimento se apresenta sob três aspectos:

1-Sofrimento do sofrimento: Resultado das aflições que ele mesmo proporciona fisicamente e mentalmente.

- Físico: doenças (inevitáveis na existência humana, em razão da constituição molecular do corpo, dos fenômenos biológicos a que está sujeito nas suas incessantes transformações).

- Mental: distúrbios de comportamento (sexo, drogas, violência, etc...)

As tensões físicas, mentais e emocionais, são igualmente responsáveis pelas doenças. Sofrimento que gera sofrimento.

2-Sofrimento da impermanência: Sofrimento da impermanência das coisas terrenas. Para conseguir desfrutar de determinado prazer o indivíduo investe além das possibilidades, constatando, depois, quantas dificuldades tem a enfrentar para manter essa conquista.

Desfrutar o prazer de possuir algo. (ex: carro).

↓

Medo de perder o objeto de prazer

↓

Tudo muda, tudo é transitório.

3-Sofrimento resultante do condicionamento: Educação incorreta, convivência social pouco saudável que proporcionam “agregados” físicos e mentais contaminados. Pois para muitos indivíduos, a escala de valores está invertida, com base, no imediatismo, no arriscado, no vulgar e o promíscuo, o poder transitório, a força como relevantes para a vida. Os seus agregados, sob altas cargas de contaminação, produzem sofrimentos físicos e mentais duradouros.

O homem vive sob a ação dos medos:

- doença

- pobreza

- solidão

- do desamor Porque somos despreparados para os fenômenos

O homem vive sob a a

- doenç

- pobreza

- solidã

- do desamor

- do insucesso naturais da existência.

- da morte