5º AULA – SENTIMENTOS SUPERIOES E INFERIORES
6º AULA – NEGAÇÃO DE SENTIMENTOS, PORQUE TENHO MEDO DE DIZER QUEM SOU?
Descrição de sentimento: Ato ou efeito de sentir, aptidão para sentir; sensibilidade, sensação íntima, afeto. Existem os sentimentos superiores e os inferiores. Os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado.
Os sentimentos são guias infalíveis da alma na sua busca de ascensão e liberdade. O Autoamor consiste na arte de aprender a escutá-los, estudar a linguagem do coração.
O exercício do Autoamor está em aprender a ouvir a “voz do coração”, pois nele residem os ditames para nossa paz e harmonia.
Pela linguagem dos sentimentos, entendemos o “apoio” do universo a nosso favor. Mas como seguir nossos sentimentos com tantas ilusões? Eis a ingente tarefa de nossos grêmios de amor espírita – cristão: educar para ouvir nossos sentimentos. Radiografar nosso coração. Desenvolver estudos sistematizados de si mesmo.
Estamos nos esforçando para aplicar a nós próprios os cuidados de amor? A proposta libertadora de Jesus estabelece: “amai ao próximo”, e acrescenta: “como a ti mesmo”. Os nossos impulso não atendidos transformam-se em tristeza, angústia, desânimo, mau humor, depressão, irritação, melindre e insatisfações.
SENTIMENTOS SUPERIORES / ELEVADOS:
- AMOR
- CARIDADE
- COMPAIXÃO
- GENEROSIDADE
- COMPREENSÃO
- RESPEITO
- ALEGRIA
- AFETO
- INDULGÊNCIA
- PERDÃO
SENTMENTOS INFERIORES / INVOLUIDOS:
- RAIVA
- ÓDIO
- INTOLERÂNCIA
- ARROGÂNCIA
- EGOÍSMO
- INVEJA
- ANGÚSTIA
- ORGULHO
- CIÚMES
- FRUSTRAÇÃO
Negação dos sentimento, medo de dizer quem se é: Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram.
Não vemos a verdade, conforme afirmou Jesus Cristo, por que nossa mente trabalha sem estar ligada aos nossos sentimentos e emoções mais profundos.
As ilusões nos impedem que realmente tenhamos os olhos de ver, e por que não buscamos a verdade projetamos nos outros o que não podemos aceitar como nosso. Tentamos nos livrar de nossos próprios sentimentos atribuindo-os a outras pessoas.
Quando desconhecemos os traços de nossa personalidade, condenamos fortemente e responsabilizamos os outros por aquilo que não podemos admitir em nós próprios.
Usamos máscaras para lidar com as situações do dia a dia. As máscaras que usamos são as maneiras como a nossa personalidade se apresenta ao meio onde convive e para o mundo no qual existe e se relaciona. Os Espíritos, uma vez encarnados, passam a usar máscaras para apresentarem-se como são. Assim somos um Espírito dotados da personalidade com que desejamos ser reconhecidos.
As máscaras que usamos são intermediárias entre a nossa essência e a nossa exterioridade pela qual nos apresentamos.
A pessoa altruísta, a auto suficiente, a pessoa carinhosa, a que está sempre desconfiada, a egoísta, a briguenta, a honesta, a pessoa carente ou parasita, a que se faz pai ou mãe de todos, a mentirosa, narcisista, a otimista ou pessimista, a pessoa colaboradora ou individualista, a pusilânime fraca de ânimo e sem firmeza, a religiosa, a sofredora, a solitária, a sonhadora, são alguns exemplos de máscaras que usamos.
Não se trata, portanto, de negativo ou positivo, de bom ou mau. São maneiras de ser que compõem a personalidade de alguém e fazem parte da alma, isto é, da essência da pessoa.
Nossa visão sobre as coisas pode enganar-nos, pode estar disforme sob determinados pontos de vista, pois em realidade ela se forjou entre nossas convicções mais profundas, sobre aquilo que nós convencionamos chamar de certo e errado, isto é, verdadeiro ou falso.
Na infância, por exemplo, se fomos repreendidos duramente por demonstrarmos raiva, se fomos colocados em situações vexatórias por apresentarmos afeto e carinho, acabamos aprendendo a reprimir essas emoções por serem consideradas feias, erradas e pecaminosas por adultos insensíveis e recriminadores.
Porém, não damos conta de que, ao adotarmos essa postura repressora, tornamo-nos criaturas inseguras e fracas e, a partir daí, começamos a não confiar a nós mesmos.
Se a nossa verdade não é admitida honestamente, como podemos nos aproximar da Verdade Maior?
Sentir medo ou raiva, quando houver necessidades autênticas, seja para transpor algum obstáculo, seja para vencer barreiras naturais, é totalmente compreensível, por que a energia da raiva é um importante “fator de defesa”, e o medo é um prudente mediador em “situações perigosas”.
Para que possamos encontrar a Verdade, à qual se referia Jesus, é preciso aceitar a nossa verdade, exercitando o “sentir” quanto as nossas emoções, e adequá-las corretamente na vida. A sugestão feliz é o equilíbrio e a integração de nossas energias íntimas, e nunca a repressão e o entorpecimento, nem tampouco a entrega incondicional simplesmente.
Se procurarmos nos sintonizar com os olhos espirituais, nossa intuição perceptiva aumentará e ficaremos mais perto de conhecer a verdade à qual se referia Jesus Cristo.
Referência Bibliográfica:
- Escutando os sentimentos / Wanderley S. de Oliveira
- Renovando Atitudes / Francisco do Espírito Santo Neto